Foi na noite do dia 10 Março que conhecemos os premiados dos Oscars, os prémios da Academia das artes e Ciència.
"Since 1929, the Oscars have recognized excellence in cinematic achievements."
A RTP voltou a emitir, em exclusivo, a cerimónia dos Oscars, para Portugal. Numa emissão especial, na RTP2. Mário Augusto deu-nos todos os pormenores da96.ª Cerimónia da Academy of Awards, que decorreu em Los Angeles, no teatro Dolby.
A RTP2 transmitiu em directo o maior evento mundial de cinema, adaptando-se às alterações da cerimónia, que é cada vez mais rápida, e com pausas mais curtas.
Sim. já lá vai o tempo que se ficava até às 5:00 da manhã, completamente ensonados, dormitando pelo meio, só para conhecer os vencedores nas categorias maiores.
Pela primeira vez, a Cerimónia foi transmitida bem mais cedo, por volta das 23:00 horas. Contou de novo com apresentação do comediante Jimmy Kimmel. Mais tarde, por volta das 2:35 horas, passou a a ser transmitido pela RTP1.
Era muita a expectativa. Quem seriam os vencedores ? Alguns já pré anunciados!
Embora soubesse que era um excelente filme, por todas as criticas lidas ou ouvidas através de amigos, não vi. Não aguentaria quase três horas e meia seguidas, sentada numa sala de cinema.
Vê-lo-ei certamente em streaming, compassadamente.
J. Robert Oppenheimer
entre 1926 e 1958
credits: Harvard University Archives; AP file photo
Gosto de filmes baseados am factos reais, biográficos neste caso, J. Robert Oppenheimer, o cientista denominado como o "pai da bomba atómica", homem de personalidade complexa.
"The definitive biography of J. Robert Oppenheimer, one of the iconic figures of the twentieth century, a brilliant physicist who led the effort to build the atomic bomb for his country in a time of war, and who later found himself confronting the moral consequences of scientific progress."
Para mim, era essencial, não pelo realizador e actor principal que não apreciei tanto assim, embora reconheça alguma virtude no actor/ realizador, mas por Leonard Bernstein, um dos meus favoritos contemporâneos, grande compositor, pianista, maestro e pedagogo. Considerado o maior compositor americano merecia um filme que mostrasse mais, muito mais da sua obra, e não ficasse só numa espécie de 'love story'.
A parte melhor do filme 'biográfico'? O final com excerto da sua obra Mass (1971), composta a partir de um pedido de Jackie Kennedy para a inauguração do Kennedy Center for the Performing Arts in Washington, D.C.
Eu, como muitos outros, permanecemos sentados na sala até ao final da ficha técnica do filme, enquanto ouvíamos em modo 'recolhido' a obra Mass. Impressionante! A sala possui um belíssimo sistema de som Dolby.
Quanto aos Oscars para Filmes Internacionais, acho mesmo que Zone of Interest é bem merecedor do Oscar de Melhor Fime Internacional. Baseado em factos verídicos de um oficial alemão responsável por Auschwitz mostra que, apesar de tudo, há pessoas que embora subjugadas, mostram ter alma.
Uma co-produção de vários países: Australia, Egipto, Espanha, Reino Unido, Itália, Nova Zelândia, Estados Unidos.
Oscars para Melhores Actores nas categorias Principal e Secundário, falando apenas dos actores, e não dos filmes que interpretram porque não vi nenhum, Cillian Murphy, Robert Downey J., Emma Stone e Da'vine Joy Russel competiam com excelentes actores. Parabéns.
Emma Stoneconheço bem e admiro-a desde o início. Excelente jovem actriz! Robert Downey J., apesar do percurso de vida atribulado, entrega-se sempre, com seu jeito peculiar, aos seus personagens com afinco.Cillian Murphyé sem dúvida um bom actor, e dizem que, emOppenheimer, é verdadeiramente espectacular! Não gostava muito do actor... talvez porque em filmes e séries que vi anteriormente, interpretasse personagens muito 'estranhas'. Mas ao ouvir o seu discurso de agradecimento pelo Oscar recebido, fiquei com uma ideia totalmente diferente, Espero vê-lo em streaming no seu desempenho de J. Robert Oppenheimer. Da'vine Joy Russel não conheço.
Ellie Eilish & Finneas O'Connell
credit: Kevin Winter/Getty Images
Na categoria de Melhor Canção Original, os momentos musicais que mais gostei, embora totalmente diferentes.What Was I Made Forinterpretada por Ellie Eilish e Finneas O'Connell acompanhados com orquestra, num cenário alusivo ao filme Barbie, mas muito requintado. Linda a canção. Adoro a voz de Ellie que acabou por receber o Oscar de Melhor Canção Original.
Mas o momento mais gostoso... I'm Just Keninterpretada por Ken, isto é, Ryan Gosling no filmeBarbie e durante a cerimónia. Fabuloso momento musical, bem ao estilo dos anos dourados de Hollywood, numa fantasia very pink! O momento dos Oscars mais fulgurante, a nível de show!
Uma crítica! Gostei imenso de ver e ouvir Andrea Bocelli e filho no tema Time to Say Goodbye, enquanto se homenageava In Memoriam, todos os actores e todos aqueles ligados ao cinema que despareceram ao longo do ano 2023-2024.
Tirou o recolhimento necessário, foi o que senti, passando para segundo plano o video que ficou por trás dos cantores. Só lembro Matthew Perry.
Variety via Getty Images
Os Oscars na bilheteira ainda são o que eram? Em Portugal, antes da 96ª Cerimónia, Pobres Criaturas, Anatomia de Uma Queda eVidas Passadaseram os “vencedores comerciais" do que concernia as Nomeações para os Oscars. Mas os principais favoritos pouco ou nada precisam dos prémios.
Em 3 de Junho seguinte, a editora foi objecto de um auto de busca e apreensão da obra por parte da PIDE/DGS, operação que foi extensiva a todas as livrarias do país.
A proprietária da editora, Snu Abecassis, foi advertida de que a Dom Quixote seria encerrada se voltasse a editar Maria Teresa Horta.
Em 2015, o livro voltou a ser editado pela mesma Dom Quixote.
O Público, que celebrou 34 anos dia 4 Março 2024, está duplamente de parabéns: pelo seu aniversário, mas também por ter convidado, para directora da edição especial aniversário, Maria Teresa Horta, cuja obra é toda publicada pela Dom Quixote.
A autora de Minha Senhora de Mim, reconhecida e notável defensora dos direitos das mulheres e da liberdade, desde a altura em que era muito arriscado fazê-lo.
Para além de uma extraordinária entrevista à jornalista Isabel Lucas, onde aborda assuntos que a todos nos dizem respeito, como política, democracia e a deriva para regimes totalitários que se verifica um pouco por todo o mundo, oferece aos leitores do jornal um poema inédito.
Já não ia ao cinema há algum tempo. E, embora estejam alguns dos filmes nomeados para os Oscars 2024 em reposição - os que pretendia ver eram tardios ou até já tinham começado - decidi-me por uma comédia, Segundo lera, baseada numa peça de William ShakespeareMuch Ado About Nothing, escrita entre 1598 e 1599. Wow! Curiosidade assumidísssima. Fui para aí.
Pois, não esperava! Para além de ser uma comédia-romance, torna-se ao mesmo tempo, uma comédia sexy, e algo sensual com alguma exuberância. No entanto, com tal naturalidade dos actores, na passagem das imagens, que só dá para rirmos com vontade. Alguma dessas cenas, hilariantes.
Bea e Ben parecem o casal perfeito, mas depois de um incrível primeiro encontro, algo acontece que transforma a sua escaldante atracção num bloco de gelo.
Até que, inesperadamente um casamento na Austrália, leva ao reencontro deste 'casal'. Decidem então fazer o que dois adultos com experiência de vida fazem: fingem dar-se bem e. até em certo momento para interesse de ambos, fingir-se como um casal.
Com o tema Bad idea right? de Olivia Rodrigo a tocar em fundo (o que por si, já diz muito sobre o filme), produção realizada por Will Gluck, dá a conhecer Bea (Sweeney) e Ben (Powell), dois arqui-inimigos que se conheceram casualmente com mau resultado final, mas que se encontram numa reunião de familiares e amigos, o anúncio de um casamento, sendo convidados do dito casamento...
No entanto, os ex-namorados de ambos também são convidados, e os dois elaboram um plano. Fingir ser um casal. Mas os sentimentos falam mais alto, e Bea e Ben acabam mesmo, entre cenas hilariantes, por se apaixonar a sério.
Todos Menos Tu volta assim aos bons velhos tempos da comédia romântica, desta feita baseada numa peça shakespeareana, adaptada aos tempos modernos e aos problemas da vida real.
Ben é um homem que construiu uma muralha emocional à volta da sua vida, enquanto que Bea é uma jovem que tem medo de arriscar, ou alcançar mais do que aquilo que já tem planeado para si.
Os dois têm por hábito conversar com todos à sua volta, mas raramente falam sobre si próprios.
No entanto, apesar de cenas mais profundas entre ambos, a nova comédia é mesmo uma comédia ultra divertida, para além de romântica. E, para juntar à festa, uma comédia romântico-escaldante, quanto baste.
Os dois actores Sydney Sweeney e Glen Powell passaram a ser considerados duas “bombas de Hollywood”, graças ao seu aspecto físico.
A actriz não conhecia. Mas Glen Powell lembro bem, da sua passagem por Hidden Figures (astronauta) e, numa interpretação mais assumida, em Top Gun - Maverick(Lt Jake 'Hangman' Seresin).
O filme tem várias cenas sexy, com Glen a aparecer várias vezes de tronco nu ou mais, e Sydney a vangloriar a beleza que toda a indústria inveja em segredo (não é só a indústria, na verdade).
Os dois, segundo os entusiastas, são os candidatos perfeitos para interpretar este tipo de comédia romântico-sensual, e assumem, nas redes sociais, que há muito não se via.
Confesso que nada lera sobre este filme. Perante o cartaz presente no cinema, foi o que melhor se adaptou ao meu horário. E deixei-me levar pelo facto de se basear na peça de Wililam Shakespeare e de ter reconhecido Glen Powel, a quem achei uma certa piada na sua interpretação em Top Gun - Maverick.
Não me arrependi. Bem prazerosa. Saí super bem disposta, divertida e voltei a casa bem mais leve.
Dizem as más línguas das redes sociais que gostam de arranjar casamentos por tudo e nada, que o filme também acabou por ganhar mais visibilidade mediática devido a rumores de que Sydney e Glen tinham passado o romance da ficção para a vida real, muito devido à sua química, dentro e fora do ecrã.
Os dois actores têm sido vistos em várias entrevistas e conversas onde, para muitos, é evidente que algo mais do que amizade existe entre os dois. Invenção desses fãs ?!
credt: Ethan Miller/Getty Images
via US Magazine
A química entre os dois actores é várias vezes o centro de conversa em publicações do Instagram do filme, onde os entusiastas escrevem comentários romantizados
No entanto, Sydney Sweeney e Glen Powell já desmentiram o caso, esclarecendo que são só amigos e que apenas há uma excelente química enttre eles.
Concordo. Fãs à parte, se estão a precisar de descomprimir um pouco, dar uma saudável gargalhada, vá ao cinema ver Todos Menos Tu. Verá que é bem mais do que uma comédia romântica.