domingo, 24 de fevereiro de 2008

Juno






Juno (2007)
Jason Reitman


Juno, 2007
Jason Reitmancréditos: Alex Bailey | Fox Searchlight
"Teen pregnancy, hilarious and sweet, in the indie-licious Juno.
I've seen Juno three times since its debut at the Toronto International Film Festival, and it only gets better with each viewing. The performances are so subtle that it takes a while to notice how terrific they all are."

Robert Wilonsky




Ellen Page | Nomeação Melhor Actriz
Juno, 2007
créditos: Não identificado

http://www.showbiz411.com/

Ontem fui ver Juno! Um filme sério e encantador! Uma comédia que vira uma lição de vida.

Não tenho dúvida que esta menina merece a nomeação! Fresca, divertida, segura, descontraída, matura na sua adolescência, ela dá voz a um dos maiores problemas da sociedade moderna - a gravidez precoce!

Num filme de Jason Reitman, Ellen Page interpreta o papel de Juno uma jovem adolescente que se vê confrontada com uma gravidez indesejada.

Juno depois de algumas curtas hesitações, assume a gravidez, perante a perplexidade do seu inseguro colega Bleeker, mas decide numa atitude profundamente consciente entregar o bebé para adopção.




Juno | Ellen Page
Juno, 2007





Juno & Leah
Juno (2007)
http://www.imdb.com

Com a sua melhor amiga Leah traça um plano para encontrar os pais perfeitos para o bebé que vai nascer, mas à medida que vai convivendo com os futuros pais do seu bebé, Juno descobre que nem sempre tem respostas para tudo e que as relações amorosas são bem mais complexas... mesmo entre adultos!




Juno | Ellen Page
Juno, 2007







Ellen Page - Melhor Actriz
Jason Reitman - Melhor Realizador
June - Melhor Filme
Diabolo Cody - Melhor Argumento

Excelente banda sonora, uma das melhores dos últimos tempos, com Kymia Dawson e Moldy Peaches, Belle and Sebastian, Iggy e Stooges, Cat Power entre outros. 

Juno é um dos meus favoritos! Pela frescura, sensibilidade, maturidade de uma jovem que, com o apoio incondicional da família, avança num processo que mudará radicalmente a sua adolescência.







"The film is funny, sweet and has a fresh perspective on teen pregnancy."

Carina Chocano, Los Angeles Times Staff Writer


Poderá ver a galeria dos Academy Award Nominees. Entre eles, encontra o meu favorito Expiação, tradução de Atonement, de Joe Wright.



G-S


Fragmentos Culturais, na noite de entrega de Academy Awards 2008

24.02.2008


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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Guilhermina Suggia : Homenagem a uma das maiores violoncelistas !





Guilhermina Suggia (1923)
Augustus Edwin John, 1878-1961
Tate Gallery
https://en.wikipedia.org/

The "Queen of Cellists," Guilhermina Suggia (1885-1950) was one of the first women to make a professional career of playing the cello. From obscure beginnings in Porto, Portugual, she rose to pre-eminence on the concert stage and was hailed as one of the greatest performing artists of her day. Suggia is a legendary figure in musical history legendary in the sense that, while many stories are told about her, few of the facts of her life are widely known.

Anita Mercier, The Juilliard Journal Online, Vol XVII, N. 6. March 2002 

Guilhermina Suggia nasceu no dia 27 de Junho de 1885 no Porto. O pai, Augusto Suggia, era violoncelista, e aos 5 anos Guilhermina pediu-lhe que a ensinasse a tocar.

Aos 12 anos recebeu um convite para integrar o Quarteto Moreira de Sá. E com 13 anos foi chefe do naipe de violoncelos da Orquestra do Orpheon Portuense.

Foi a primeira mulher a fazer uma carreira a solo com um instrumento que era, predominantemente, tocado por homens: o violoncelo. 




Guilhermina Suggia
esboço Augustus Edwin John

Com uma vida intensamente dedicada à sua arte, aclamada em todos os grandes centros musicais, foi uma das intérpretes mais importantes, a nível mundial, da primeira metade do século XX. 

A genialidade do seu talento, mundialmente aclamado pelo público e pela crítica, abriu-lhe as portas de todas as grandes salas de concertos. Uma carreira artística de que a imprensa fez eco. 





Guilhermina Suggia
Afonso Vargas: "Guilhermina Suggia". Arte Musical, n.º 104, 
1 de Maio de 1903, pp. 86 e 87

Guilhermina Suggia (1885-1950) iniciou a sua carreira internacional aos 17 anos. Foi considerada uma violoncelista genial, equiparando-se aos melhores intérpretes do seu tempo, nomeadamente Pablo Casals com quem viveu entre 1906 e 1913.

Tocaram juntos em muitos concertos
pelo puro amor de tocar, sem pensar em programas de concerto ou horários, em empresários, bilheteiras, audiências, críticos de música. Apenas nós e a música- lembrou Casals mais tarde. 





Guilhermina Suggia
créditos: Autor não identificado

"In the first of our series focusing on female string players of the 19th and 20th centuries, we introduce cellist Guilhermina Suggia, who broke the taboo against women playing the cello."

Alessandra Barabaschi, in Tarisio

Tocou em toda a Europa. Londres foi o centro da sua brilhante actividade musical e sua segunda pátria, mas morreu em Portugal.

“A técnica é necessária como veículo de expressão e quanto mais perfeita a técnica, mais livre fica a mente para interpretar as ideias que animaram o compositor”.

Guilhermina Suggia, The Violoncello” in Music and Letters,
nº 2, vol. I, Londres, Abril 1920, 106





Esboço para Quadro 
Augustus Edwin John,1923

Dizem que transformou o violoncelo, um instrumento musical "masculino" numa arma de sedução feminina.

When Suggia was born, the cello was considered a "masculine" instrument; both the "ungainly" posture required to play it and the imposing sonority of the instrument rendered it inappropriate for proper young ladies. (Only one professional female cellist is known from the first half of the 19th century: Lisa Cristiani [or Christiani], born in Paris in 1827. Mendelssohn dedicated his Song Without Words, Op. 109, to her.) When Suggia died, largely because of her example, no one could question the place of female cellists in the musical world. Suggia was a rare revolutionary who made breaking all the rules look elegant and easy.

Anita Mercier, The Juilliard Journal Online, Vol XVII, N. 6. March 2002






Entre 22-24 de Fevereiro 2008, a Casa da Música celebra o legado artístico da maior violoncelista portuguesa do século XX e uma das mais aclamadas no seu tempo na Europa.

Infelizmente, Suggia fez muito poucas gravações. Daí que só possamos ouvir uma ínfima parte da magnitude da sua arte. A
penas pela leitura de críticas da época.





Sunday Times, 12 de Novembro de 1924:

“Ela alcança provavelmente o seu melhor nas Suites de Bach, onde nenhum conjunto de sons orquestrais ou de piano vêm escurecer a insuperável beleza do seu tom. Tem-se dito acerca dela que consegue fazer vibrar a sua audiência através da mera execução de uma vulgar escala, o que dificilmente constitui um exagero”.






Memórias e Recordações
Madalena Sá e Costa, 2008
Madalena Moreira de Sá e Costa, discípula de Suggia e de Casals, continuadora no Conservatório do Porto da sua grande escola, irá lançar o livro Memórias Recordações no dia 24.02.2008, pelas 18 horas na Sala 2 da Casa da Música.


G-S

Fragmentos musicais, Rostropovich plays Bach, Prelude from Cello's Suite n.1

17.02.2008
actualizado 27.06.2021

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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Festa do Livro no Porto





Praça do Infante D. Henrique | Porto | Portugal

http://img219.imageshack.us


Pormenores
Mercado Ferreira Borges | Porto



"Ler é trazer a si, mas não cenas e imaginação. Trazer o real de outra vida que nos chame humanos."

Maria Gabriela Llansol, Restante Vida, 1978


Mais de cem mil livros estão à venda, até 24 de Fevereiro, a preço de saldo, no Mercado Ferreira Borges, no Porto, na feira «Festa do Livro», organizada pela Calendário de Letras.

O portuense Mercado Ferreira Borges, que em breve será concessionado a privados, despede-se com livros - alguns há muito desaparecidos do mercado.

Nas bancas, de tudo um pouco se encontra. Dos
Poemas Ameríndios
, traduzidos para português por Herberto Hélder, à colecção "Teatro Vivo", da Plátano, há muito fora do mercado, com Peter Handke, Virgílio Martinho, Jorge de Sena ou Jaime Salazar Sampaio entre os autores. Mas também há livros de cozinha, jardinagem, música, história e literatura para crianças.



(texto com supressões)

Durante a Festa do Livro, a Calendário de Letras vai homenagear o escritor açoriano Cristóvão de Aguiar, autor de uma vasta obra de que se destaca a trilogia de romances "Raiz Comovida", estando o escritor convidado a vir ao Porto para participar na homenagem.

"Quando publiquei o primeiro volume de "Raiz Comovida" chamei-lhe romance. Foi uma estreia na literatura com sorte. Entrei com o pé direito, ganhei o prémio Ricardo Malheiros e recebi centenas de críticas. Acontecia que muitos dos críticos que se debruçavam sobre a minha obra dedicavam grande parte da crítica a interrogar-se sobre se a obra era ou não um romance... Desde então passei a catalogar os meus textos, para os fintar. O "Ciclone de Setembro" passou a ser «romance ou o que lhe queiram chamar». Os géneros literários, como fronteiras, estão cada vez mais esbatidos."


Cristovão de Aguiar, Jornal A Página da Educação,
Ano 10, nº 105, Agosto/Setembro 2001


Como escritor recebeu o prémio Ricardo Malheiros (A Semente e a Seiva, 1978) e o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/CMP (Relação de Bordo, 1999), e o Prémio Nacional Miguel Torga, pelo livro "Trasfega".

Em 2005 foi homenageado pelos quarenta anos de vida literária pela Faculdade de Letras em conjunto com a Reitoria da Universidade de Coimbra, publicando o livro "Homenagem a Cristóvão de Aguiar - 40 anos de vida literária". 

Lusa


Almedina (2007)
http://www.almedina.net


Janeiro, 3

(...) Vou-me agora em cata dos passos que hei-de percorrer, na esperança de que eles pouco a pouco me devolvam o quinhão de música a que tenho direito. Depois escrevo. Se o não fizer, não cai o mundo das alturas.


Cristovão Aguiar, A Tabuada do Tempo - a lenta narrativa dos dias
Almedina 2007


Fiquei com vontade de folhear o livro em forma de diário de um escritor de quem ainda nada li!


G-S

Fragmentos Culturais

10.02.2008

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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Entre sentires...



Edward Scissorhands | The Lowry

Britiain's contemporary dance and theatre company New Adventures
http://www.manchestereventsguide.co.uk


Sobre os Cisnes Selvagens de Yeates

Agora anoitece tão cedo - tenho

medo de te perder no escuro.

Lembro-me dos cisnes selvagens

que do lago se erguiam soberanos
iluminando as águas e o céu

do outono ao fim da tarde.

Também eles se perdem

agora na inclinação da sombra.

Que país será o meu? Este,

onde vivo e sou estrangeiro?

O da luz atravessada

pelos cisnes? Sem ti, como saber?


Eugénio de Andrade, Os Sulcos da Sede

Editora Quasi, 2007, 5ª edição



G-S

Fragmentos Culturais


02.02.2008
 

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