sábado, 31 de maio de 2008

Amy Winehouse em Portugal !




Amy Winehouse
créditos: José Sérgio/Rock in Rio-Lisboa
via Sol/Sapo



Amy Winehouse
créditos: José Sérgio/Rock in Rio-Lisboa
via Sol/ Sapo

É óbvio que a principal vedeta do primeiro dia de "Rock in Rio 2008" seria Amy Winehouse!

E, quem não se deslocou a Lisboa, sentou-se vidrada no ecrã de televisão para poder, ao menos, ouvir e ver à distância esta fabulosa cantora pop soul. 

A expectativa era grande! Até porque se temia que Amy Winehouse cancelasse, à última da hora, a sua presença como tem feito por esse mundo fora!

Existência complexa, amores difíceis, contornos devastadores, na sua voz... ela é inigualável!

Gosto de Amy Winehouse, muito antes de ela se ter tornado famosa pela estrondosa vitória nos Grammy Awards 2008!


Visual esfuziante, um pouco retro, profundamente carismático, Amy Winehouse prende o nosso olhar!



Amy
créditos: Autor não identificado
via Daily Express

Entre a panóplia que é todo o seu ser - corpo tatuado, vestidos coloridos, penteado retro, maquilhagem espessa, bem aos anos 60 - o que nos atrai é mesmo seu olhar!

Sim, o olhar! E aquela suave e angustiante nostalgia que se desprende, em notas soltas como mágoas, timbres melódicos de outras vivências. A voz mais soul da actualidade.


Quando Ivete Sangalo anunciou que Amy Winehouse já tinha chegado, todos nós soltámos um Ah! de alegria, os presentes e os distantes!




Amy Winehouse
créditos: Espanta Espíritos | Blitz
Rock in Rio-Lisboa
via Blitz/ Sapo

Eis que entra em palco, Amy Winehouse, desgarrada, tímida, completamente instável naquele seu andar, e deixa sair uma voz que mal atingia as notas das suas mais célebres canções! Ficámos emudecidos! Chocados! Temerosos! Compadecidos!

A cada tema, suspensos, nos perguntávamos, se conseguiria actuar até ao fim! Todos seguimos com angústia e muita tristeza os passos em salto bem alto da cantora, sempre receando vê-la cair, o que aconteceu. Poderia até desfalecer, tal seu estado. A sua presença parecia suspensa por um ténue fio...

Amy tinha consciência do seu estado confranged. Mas com determinação, apesar da queda, do microfone que se soltou das mãos, das constantes falhas de voz, continuou corajosamente, tentando fazer um pouco de humor com todo aquele fracasso. E ninguém arredou pé!

Todos a olhávamos, como se quisessemos protegê-la de um colapso em palco!


As centenas de pessoas presentes, davam-lhe as notas que lhe faltavam, cantando os seu êxitos mais expressivos. 


Os seus músicos tentavam colmatar toda as falhas, reunindo-se em volta da cantora num esforço inequívoco de apoio e salvaguarda.

E nós, diante do ecrã, atónitos, pedíamos mentalmente que não sossobrasse! Um concerto intensamente triste.





Amy Winehouse
Rovk in Rio Portugal 2008
créditos: via Blitz

'A noite do palhaço triste' foi o título dado à notícia/comentário que os comentadores do jornal digital Sol/Sapo deram à presença de Amy Winehouse na primeira noite do Rock in Rio! E isso chocou-me! Pela braveza com que apelidaram Amy! Um título impiedoso.

É indesmentível que o espectáculo que todos observámos foi profundamente confrangedor! 
Uma jovem cantora jovem, cheia de talento, que se autodestrói a cada dia que passa. Mas que direito temos de julgar a vida dos outros?!

A comentadora da 'Sic Radical' também não se conteve. Já o comentador habitual dos festivais e concertos, não fixei nomes, ficou sobriamente num comentário discreto, resguardando um pouco da dignidade pessoal a que Amy Winehouse tem direito, apesar da sua autodestrituição.

Só quem não vê o imenso e oceânico olhar, vazio, angustiante, que José Sérgio tão bem captou, na primeira fotografia, ridiculariza assim um ser humano!

Numa biografia não autorizada de Amy Winehouse editada em Portugal, o autor Nick Johnstone escreve...


"Amy Winehouse é autêntica, uma artista genuína exposta pelas brilhantes luzes da ribalta", cuja vida pessoal "é sangue para tubarões."

Quando a olho, revejo Jim Morrison na auto-destruição, Janis Joplin na angústia! Quando a oiço, lembro a tristeza de Hazel O'Connor na voz timbrada e melodicamente forte! A expressão de amargura sem retorno, essa leva-me indubitavelmente a Billie Holiday

Tanto talento, tanta juventude, tão boa música, 
dons que todos desperdiçaram, pela autodestruição permanente que lhes roubaria a vida.







(...)
Can I read a crystal ball?
Can my soul be like a wishing well?
Can it be locked up in hell?
Is it the reason why I lose?
Does it have the right to chose?
Can my soul take away my life?
Can it decide if it wants to die?(...)

Jim Morrison
My Eternal Soul


G-S

Fragmentos Culturais

31.05.2008

© texto original

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Sydney Pollack ! Em jeito de tributo !






Sydney Pollack [1934-2008]
Opening of the Metropolitan Opera 2006/07 season in New York
Festival International Cannes 2006
credits: 
AP Photo/Dima Gavrysh, file, 2006


"Sydney Pollack, a Hollywood mainstay as director, producer and sometime actor whose star-laden movies like “The Way We Were,” “Tootsie” and “Out of Africa” were among the most successful of the 1970s and ’80s"

Michael Cieply, Ney York Times

O realizador e produtor Sydney Pollack morreu! Um dos meus realizadores mais queridos.

Com uma filmografia vastíssima e bastante eclética, é um dos mais conceituados de Hollywood.





Sydney Pollack
credits: Getty Images
New York Daily News Archive


"I suppose,” he said, "I am a traditionalist. I think that my films are conventional in form, but not necessarily in point of view". 

Pollack, The Telegraph

Dois Oscars, 25 galardões e 41 nomeações fazem de Sydney Pollack um dos mais premiados realizadores de Hollywood. 





Sydney Pollack & Paul Newman
film Absence of Malice





Sydney Pollack & Robert Redford
The Film Festival Cannes, 2006


Grande amigo de Robert Redford - extraordinário actor e hoje um aclamado realizador - Pollack desenvolveu ao longo da sua vida uma actividade quase ímpar, se lhe juntarmos o prazer de contracenar em alguns filmes. 

Um dos últimos, Michael ClaytonUma Questão de Consciência (2007) 




Out of Africa/ Africa Minha
Meryl Streep & Robert Redford
Sidney Pollack, 1985

Foi galardoado com dois Oscars - Melhor Filme, Melhor Realizador - com o filme Out of Africa, na tradução, África Minha (1985) talvez o mais inesquecível! Um dos filmes de vida. Baseado no livro autobiográfico da escritora dinamarquesa Karen Blixten.

"I had a farm in Africa at the foot of the Ngong Hills..."

Karen Blixen, Meryl Streep








Baseado na obra de carácter biográfico Out of Africa (1937) de Karen Blixen ou Karen Dinesen [1885-1962] escritora dinamarquesa que usava como pen name Isak Dinesen. No tempo em que as mulheres não eram aceites como escritoras...





Out of Africa
Karen Blixen
1st edition UK, 1937

Uma estratégia muito usada até final do séc. XIX por mulheres que queriam ser reconhecidas como escritoras, mas não tinham o direito de assinar seus próprios livros com seu verdadeiro nome, no feminino. Só conseguiam ser editadas sob nome masculino. 





Pollack in a master class
59th International Film Festival of Cannes 2006
credits: Kirsty Wigglesworth, AP, file


Numa listagem poética muito subjectiva. Apenas a minha: They shoot horses, don't they? (1969) Absence of Malice (1981) Tootsie (1982), Out of Africa (1985) The Firm (1993) Random Hearts (1999)  The Interpreter (2005) entre tantos outros!

Infindável seria a seria. Já para não falar no seu papel como produtor. E como actor. Pollack gostava de contracenar nos seus filmes. E fê-lo em vários.






Dustin Hoffmann & Sydney Pollack
Tootsie, 1982
Columbia Pictures, AP, File


Vemos uma das imagens do filme Tootsy (1982), Sydney Pollack na 'Russian Tea Room' em Nova Iorque, contracenando com Dustin Hoffman.





Sydney Pollack 
 Festival de Cinéma de Deauville
credits: Michel Spingler/AP, file 2008


Em Setembro de 2006, Sydney Pollack exibe o seu prémio no '32th American Film Festival', em Deauville, França.

Realizou ainda em 2006, um documentário, 'Sketches of Frank Ghery', que tem como figura principal o arquitecto e seu amigo pessoal, bem como a mais controversa obra, o Guggenheim Museum em Bilbao.



Sydney Pollack & Patrick Dempsey
Made of Honor (2008)
Columbia Pictures/Handout/Reuters
A última vez que Pollack aparecerá como actor, será numa cena do filme "Padrinho... mas pouco" - Made of Honor com Patrick Dempsey.





Sydney Pollack [1934-2008]
François Mori/AP, file 2006



"I don’t consider myself an avant-garde or particularly original film-maker. I enjoy the challenge of working within the strict parameters of a given film genre and then striving to find some new voice within it."

Sdney Pollack,
 The Telegraph

Eis o tema de John Barry "Out of Africa" numa edição do 20º aniversário do filme. Considerada uma das mais belas bandas sonoras do cinema.





Sydney Pollack
via Los Angeles Times

"His directorial signature was not as obvious as those of other filmmakers. And I doubt that any future generation will come along and elevate him into the pantheon of Scorsese and Coppola. Yet for some 40 years, the words "directed by Sydney Pollack" stood for something, a level of quality, a degree of seriousness and an intelligent and almost instinctive sense of storytelling."






Uma cena icónica na história do cinema. Infinitamente bela. Nas imagens e na banda sonora, esta de John Barry

Será, sem dúvida um dos nomes que mais saudades deixará na cinematografia mundial! Filmes inesquecíveis. Um dos últimos realizdores da era dourada de Hollywood. 





Out of Africa/ Africa Minha
Meryl Streep & Robert Redford/ Getty Images
Sidney Pollack, 1985


E Out of Africa é talvez o mais carismático filmes, dada a sensibilidade com que filmou uma obra autobiográfica, a beleza das paisagens reflectida na fotografia de qualidade e nos planos filmográficos. Uma banda sonora inesquecível.

Em jeito de tributo a um dos meus realizadores favoritos. Um autor de muita sensibilidade


G-S

Fragmentos Culturais

27.05.2008
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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Museu do Oriente : um novo espaço




Galeria Sol | Museu Oriente

O Museu do Oriente foi inaugurado no 20º aniversário da Fundação Oriente, em Lisboa.

Funcionará como um centro cultural e terá uma programação que inclui cinema, música, dança, teatro, além das exposições voltadas para a Ásia.

O Museu do Oriente define-se como uma unidade museológica permanente, aberta ao público, tutelada pela Fundação Oriente, tendo por missão a valorização dos testemunhos quer da presença portuguesa na Ásia quer das distintas culturas asiáticas.




Museu Oriente
http://www.sol.co.ao/

Instalado junto ao Tejo, num edifício construído nos anos 40 para receber os Armazéns Frigoríficos do Porto de Lisboa e agora totalmente recuperado, este projecto da Fundação Oriente ocupa uma área de 15.500 metros quadrados, com seis pisos à superfície e uma cave.

A primeira exposição tem 1.400 peças alusivas à presença portuguesa no Oriente (essencialmente obras adquiridas pela Fundação ao longo de 20 anos) e a exposição "Deuses na Ásia" reúne 650 peças da colecção Kwok On (instrumentos musicais, marionetas, pinturas, porcelanas e lanternas, por exemplo).

©Lusa

Máscara da Ásia
http://www.museudooriente.pt/

A Colecção Kwok On da Fundação Oriente que engloba cerca de 500 máscaras, permitiu organizar em 2007, na Abadia de Daoulas, em França, a primeira grande exposição de máscaras asiáticas no Ocidente a fim de mostrar a variedade e a sua beleza estética. A presente exposição de mais de duas centenas de máscaras da Índia, Sri Lanka, Tailândia, Indonésia, Tibete, China, Coreia e Japão permite já fornecer uma ideia da sua diversidade.

Acesso livre às exposições sextas 18h00-22h00.




Nos primeiros dias, o Museu do Oriente vai apresentar uma peça musical desenvolvida pelo pianista Mário Laginha, que convidou alguns instrumentistas orientais (do Vietname, Índia e Japão) para o acompanhar.

©Lusa

No dia 24 de Maio, Musicians of the Nile (Egipto) será talvez um concerto a não perder.


Muito antes da onda da World Music, os 'Musicians of the Nile' foram o primeiro grupo da chamada "música árabe" a conseguir uma popularidade sem fronteiras, fenómeno inédito no universo da música dos países árabes. [...] A sua música, fruto de um popular e ancestral legado cigano, remonta à época faraónica e permanece até aos nossos dias uma das formas de expressão mais prezada no Egipto.



G-S

Fragmentos culturais

22.05.2008

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sábado, 17 de maio de 2008

A minha Pátria....










Fernando Pessoa
Caricatura VL2002

A minha Pátria é a Língua Portuguesa!



Pessoa, Fernando, 1888-1935
Patriota? Não: só portuguez. : (1º v.) / Alberto Caeiro
BN Esp. E3/68-4r


G-S


(portuguesa, aprendiz de escritora)


Fragmentos Culturais
(em dias de lusitanas tristezas, em jeito de manifesto Anti Acordo)


17.05.08
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terça-feira, 13 de maio de 2008

Sonoridades em piano : Maria João Seixas




credits: Mark Tucker

"Não havia limite, o teclado escondia o infinito. Parecia simples, sete oitavas, não mais, um espaço tão curto que cabia dentro dos seus braços - e no entanto tinha a vastidão do mar."(...)

Teolinda Gersão, Os Teclados,
Publicações dom Quixote, 1ª edição, Abril 1999

Sem retirar mérito aos outros instrumentos musicais solistas, o piano é, segundo a minha sensibilidade, o mais profundo e completo, já que consegue falar todas as vozes e pressentir as infinitas tonalidades de uma inquieta alma.

Percorre em escalas de múltiplos sentires, sons cromáticos, espaços curtos ou longos, todos os meandros do nosso ser.

Inflexões e silêncios, detalhes de sentimentos bem recônditos, explicita sonhos e aspirações que de outro modo não nos atreveríamos a soltar, mesmo que em contraponto.

A Casa da Música tem o bom gosto e o mérito de dedicar um Ciclo ao Piano que está a decorrer desde Janeiro 2008 e se prolongará até Dezembro 2008.



piano

Steinway

"Ao longo de 2008 a Casa da Música acolhe grandes pianistas internacionais e jovens intérpretes num Ciclo extremamente variado. Desde a música para tecla de Scarlatti e Bach, na visão sempre inspirada de Maria João Pires, a uma das mais recentes composições do pianista Olli Mustonen, o Ciclo de Piano atravessa as diferentes épocas da história da música dando especial destaque ao período de ouro do Romantismo."(...)

Casa da Música

Grandes pianistas portugueses e estrangeiros passarão assim pela Sala Suggia!





Maria João Pires
créditos: Autor não identificado


Maria João Pires veio finalmente tocar na Casa da Música, depois de ter recusado o convite em 2005 para tocar no concerto de inauguração!

Não pude assistir, embora já tenha tido o privilégio de a ouvir no Rivoli há uns atrás. Não muitos.

Quase impossível. Um concerto esgotadíssimo e com muitos lugares reservados para convidados!Nem sempre aparecem Um desperdício para os que querem ouvir.

Sem dúvida uma das maiores concertistas do mundo e uma das melhores intérpretes de Mozart,
Maria João Pires interpretou Fryderyck Chopin, seu compositor favorito, segundo li.

Certamente que deixou, de novo, os melómanos extasiados. Raríssimo e sensível o seu frasear ou la 
touche, um talento profundo e íntimo que apenas deixa fluir.


Maria João Pires
"Uma artista que combina um raro refinamento estilístico com um uma compreensão profunda da complexidade intelectual e espiritual da música."

Zoran Minderovic (crítico da All Music Guide)

Chopin é também o meu compositor de música para piano. No entanto, como melhor intérprete de Chopin, eu sinto Martha Argerich! Formas de sentir que não dão para explicar.

Sem desprestígio para Maria João Pires que admiro como excepcional intérprete e como fundadora da
Associação Belgais mas que não venero, por algumas atitudes menos coerentes para com um país que a tem tratado com todo o carinho, mas que não cede.








"Et non seulement l'imagination musicale, celle d'un Chopin, d'un Schumann ou d'un Fauré, qui se suffit à elle-même et qui traduit, sans le formuler explicitement, les rêves et les désirs humains,"(...)

Alfred Cortot, La Musique Française de Piano
Presses Universitaires de France, 3e édition, 1948

G-S


Fragmentos Culturais de sentir musical, Martha Argerich, Chopin, Concerto para Piano e Orquestra, nº1, 2º Andamento

13.05.08
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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Youth without Youth : o filme





Youth without Youth | Poster
Francis Ford Coppola, 2007
http://www.imdb.com/


Volto a um dos meus temas intimistas. O cinema. E acrescento uma banda sonora de imensa qualidade.

Chegou a vez de rever
Francis Ford Coppola, depois de dez longos anos de ausência.


Durante este tempo, supõe-se que esteve mais preocupado em apoiar a filha Sofia Coppola a construir uma carreira de realizadora. Destaque-se o seu último filme Marie Antoinette.

"Marie Antoinette(2006), starring Kirsten Dunst, which won the Cinema Prize of the French National Education System at the Cannes Film Festival."





Mircea Eliade | Youth Without Youth

Mas, voltemos a Coppola, que regressa à realização com a adaptação ao cinema de um obscuro livro romeno da década de 70 de Mircea Eliade.





Dominic Matei | Tim Roth
http://www.imdb.com/


Sinopse:

Matei, 70 anos, respeitado académico, linguista, filósofo e historiador, dono de um conhecimento ímpar.

Mas Matei é também um velho infeliz e amargurado pelo facto de ter perdido o grande amor da sua vida para se dedicar por inteiro à investigação académica.

No entanto, ao ser atingido por um raio, a sua idade começa a regredir, ao mesmo tempo que a sua mente se torna infinitamente mais brilhante. E vai dar-lhe ao mesmo tempo a oportunidade de viver a sua juventude... com dons e poderes que nunca suspeitou existirem.






Mircea Eliade | Uma Segunda Juventude
Edições Bico da Pena
http://www.fnac.pt/

"Um romance onde se tocam os limites da vida e os limites do conhecimento."






Dominic & Veronica
Tim Roth & Alexandra Maria Lara
http://www.imdb.com/

Youth Without Youth é um filme sobre as origens do ser, da linguagem, e sobre a efeméridade física, intelectual, e criativa, em todos nós.

Momento de reflexão, de amor, e de regeneração. A incoerência narrativa é fruto da liberdade de autor. E isso é um um bem adquirido.

Trata-se talvez de uma busca de dez anos de regressão 
sobre si mesmo, um misto de essência pessoal, acto religioso de íntima paisagem. Um filme sincero, transparente, subjectivo, portanto!



Dominic Matei | Tim Roth

E como gosto de filmes subjectivos! Filmes que deixam passar o lado mais humano de quem os imagina, os cria, os depõe despidamente diante o nosso olhar! E nos colocam perante nossas próprias subjectividades.

Um filme que tem sofrido críticas bastante negativas. A propósito, Coppola disse numa entrevista: 

"Os meus filmes de "adulto" foram realizados quando eu era ainda imaturo"

É uma afirmação fabulosa para entender Youth Without Youth! Mas oiçam o realizador Francis Ford Coppola:







Excelente interpretação de Tim Roth no papel de Dominic Matei. Roth é dos melhores actores americanos. No entanto, não devo esquecer Bruno Ganz, a linda Alexandra Maria Lara, entre outros.

E a banda sonora. Belíssima! Sublime, intimista, de Osvalfo Golijov, compositor argentino, um contraponto poético de grande sensibilidade.







Pois eu gostei profundamente! Ponham as críticas de lado. Cada um de nós sente como sente.

O lado humano de um criador de sonhos encantou-me. Completamente! E a banda sonora é divina!


Saí ainda com os acordes da banda sonora permanecendo, suaves, em minha memória auditiva. 




Youth Without Youth/ CD

Sob os acordes de Osvaldo Golijov, como música de fundo, escrevi este apontamento pessoal. Aceitem o convite e oiçam o tema

Tanta nostalgia de um mundo tão perto de nós.

Para mim, as críticas não me dizem nada! Faço as minhas próprias opções!

A rever!

G-S

Fragmentos Culturais, som de
Youth without youth tema de Osvaldo Golijov

01.05.2008
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Nota: Por vezes Google Chrome dá a existência de malware em posts com este. Windows não indicia nenhuma anomalia.

Actualizado: 29.03.2015