quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um Segredo Muito Nosso: o filme




Fireflies in the Garden
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Na última noite, a RTP1 passou um filme que vira n me despertara memórias. Actores como Willem DafoeEmily Watson, Julia Roberts, entre outros, auspiciaram-me possivelmente algo de interessante.

E depois, como já referi em vários momentos, gosto muito de filmes baseados ou inspirados em obras literárias. Têm uma sensibilidade própria, o cinema em 2009. Um Segredo Muito Nosso. Na altura, sei que o escolhi pelos actores, já que o realizador não


Julia Roberts
Um Segredo Muito Nosso
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Vim depois a saber que se trata de uma pequena produção independente, o que é quase sempre sinónimo de qualidade. E raro nos grandes circuitos comerciais onde prevalecem as grandes produtoras.

No seu título original, Fireflies in the Garden. Traduzido para português, poderia ser algo como Pirilampos no Jardim! Bastante mais sugestivo! E há efectivamente uma cena muito poética, quase mágica, graças aos efeitos especiais.


Ryan Reynolds
Um Segredo Muito Nosso (2009)
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Michael volta a sua cidade natal justamente quando os membros de sua famíla se vêem no meio de uma grande tragédia. Nesse retorno, ele tem de enfrentar a sombra de seu pai além de ajudar sua família a superar a dor da perda.

(sinopse)


Para quem não o viu na noite de segunda-feira, o filme, um drama familiar dirigido pelo estreante Dennis Lee, conta-nos a história de Michael Taylor (Ryan Reynolds), um escritor que está prestes a completar a sua primeira obra autobiográfica intitulada "Fireflies in the Garden". 

Relata com algum pormenor, os principais acontecimentos da complicada história familiar de Michael que, após a inesperada e acidental morte de sua mãe, começa a ponderar o adiamento do lançamento do seu livro.




Julia Roberts & Dennis Lee
Fireflies in the Garden
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O filme marcou o regresso de Julia Roberts numa altura em que estava grávida  de seus filhos gémeos. Esse facto não foi obstáculo para a actriz, já que a sua personagem representava uma grávida.


Esta obra cinematográfica, inspirada num poema de Robert Frost, tem um elenco de luxo que, na minha opinião, ajudou a camuflar uma certa inexperiência de LeeO argumento escrito por Lee, talvez daí as fragilidades, assume uma qualidade razoável, agradando a quem gosta de divagar sobre a interioridade do ser humano e as suas reacções perante situações da vida.


Apesar do elenco, Fireflies in the Garden passou quase despercebido nos cinemas europeus. E a sua estreia em Portugal não alterou esse facto. 

Apanhei-o por acaso, sorte minha! E apenas se manteve em cartaz durante uma semana. Por isso, foi com agrado que ao passar em frente do televisor, e reconhecendo uma das cenas, esta precisamente, divulgada mais abaixo, me sentei para rever o filme.


Lembro que na altura, em 2009, não foi alvo de uma grande divulgação por parte dos principais meios de comunicação social, apesar de ter marcado presença no Festival Cinema de Berlim 2008.






Emily Watson & Ray Reynolds
Fireflies in the Garden
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Segui com interesse a trama até final. Julia Roberts numa interpretação bem mais sóbria do que o habitual. E talvez por isso mesmo, muito interessante!



O carismático Willem Dafoe não surpreendeu, bom actor como é! Mas impressionou na personagem de professor de Literatura de uma universidade do Texas!



E Ryan Reynolds é convincente, numa viagem emocional, entre a actualidade e a sua adolescência, marcada pela relação violenta com o pai. Daí rever-se tanto no jovem Christopher.



Ryan Reynolds e Chase Ellison
Fireflies in the Garden

Os dois adolescentes masculinos são fantásticos nas suas interpretações! Chase Ellison (Christopher, filho de Jane) e Cayden Boyd (Michael, adolescente).

Os actores, o poema, a banda sonora, linda! - tudo apontou para uma obra excelente. 

Lembro de ter lido na altura análises de alguns críticos, isto já depois de ter visto o filme, considerando que o realizador, ao optar por um registo mais pessoal e subjectivo, fora a origem do insucesso comercial, e da diminuição do valor artístico !

Opiniões! Eu gostei! Para reflectir sobre as relações humanas...





Claro! Não resisto e vou deixar aqui o link de Lisa, uma belíssima melodia de Javier Navarrete, tema que faz parte da banda sonora, escrita para o filme.




G-S

texto original©


Fragmentos Culturais


27.09.2011
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Nota: Esta ensaio, agora reescrito, foi publicado (sob pseudónimo) em Maio de 2009, depois de ver o filme em circuito comercial.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Coisas de livros



The Uni Project

"The UNI is a portable reading room"

The Unit Project é um evento que tem por base tornar a leitura um prazer cada vez mais prático e acessível.

A ideia é criar uma série de estruturas móveis que possam ser montadas em espaços urbanos dando lugar a workshops, apresentações, visionamento de filmes, tertúlias ou apenas ao simples gesto de ler. 

O projecto está em expansão e chegou Nova Iorque há uma semana, precisamente no dia 11 de Setembro.


Instalou-se em New Amsterdam Market NY. Ler mais aqui

"The Uni Project aims to do one thing and do it well: temporarily transform almost any available urban space into a public reading room and venue for learning. We start with the conviction that books and learning should be prominent, accessible, and part of what we expect at street-level in our cities."

UNI

The Unip ojrct
No passado domingo, dia 18 Setembro, passou para Brooklin, associando-se ao Brooklyn Book Festival 2011 juntamente com a Public Library. Aí montaram uma sala de leitura ao ar livre para crianças, mais precisamente, em Borough Hall Plaza

"The Brooklyn Book Festival is the largest free literary event in New York City presenting an array of literary stars and emerging authors who represent the exciting world of literature today. One of America’s premier book festivals, this hip, smart, diverse gathering attracts thousands of book lovers of all ages."

Brooklyn Book Festival



Foto: Monkeypuzzle (Google Earth)


Uma outra ideia chega-nos da Alemanha. Estantes com livros são espalhadas pelas várias cidades. Cada pessoa é convidada a pegar num livro que queira ler ou então a deixar um livro que já tenha lido. 

Esta ideia já passou por cá numa modalidade diferente. Alguém deixava um livro num sítio público, num banco de jardim, no assento de autocarro. A pessoa interessada, levava-o e, depois de o ler, voltava a deixá-lo num local de passagem.





Comigo, aconteceu um lamentável episódio. Num consultório médico, poisei o livro que levara para ler, enquanto aguardava a minha vez. Quando saí do gabinete, procurei o livro, perguntei a algumas pessoas, ninguém vira ou pegara.

Supus que se tratasse de alguém que, conhecendo a ideia, o levara para ler, mas depois o voltasse a deixar no mesmo local. Não! Nunca mais o recuperei! 

Tratava-se de uma 1ª edição de "Estrela Distante" de Roberto Bolaño, o autor chileno que morreu prematuramente. E eu nem sequer tivera tempo de terminar a leitura. Uma preciosidade!


A veces me creía pésimo, a veces fracasado,
pero siempre un escritor


Roberto Bolaño


Ideias envoltas em livros que me deixam sempre presa nas pontas do imaginário.


G-S

Fragmentos Culturais

21.09.2011
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Referências:

Booktailors
http://blogtailors.com

UNI Project
http://www.theuniproject.org


Broklyn Book Festival 2011

Bookshelf
http://theblogonthebookshelf.blogspot.com

domingo, 11 de setembro de 2011

Impossível esquecer : Setembro 11 2001- 2020






créditos: Autor não identificado
via Google Images

Todos nos lembramos, quando dois aviões colidiram com as torres gémeas do World Trade Center. Logo depos  no Pentágono e Shanksville, e a tentativa do desvio do Voo 93, na Pensilvânia, para atingir o Capitólio.

Era o dia 11 de Setembro 2001. Todos assitimos em directo ao horror das imagens que desfilavam nas televisões.

Foi um dos mais sombrios dia da história americana, e do mundo. Mudou muitas coisas nas nossas vidas, e ainda lidamos essas imagens que não nos saem da memória visual.





Greg Semendinger|AP




Reuters





Sunset at the 9/11 memorial
credits: Courtesy of Dave Z
via Penn Today University


"Não sabemos onde jazem esses corpos
que o divino dispersa. Um olhar avistou-os, na
distracção da vida; e logo regressou à angústia terrestre,
somando lutos a partir de suspiros" (...)


Nuno Júdice, Cântico (fragmento), 2001



Para todos os que perderam a vida em 11 Setembro 2001. E foram mais de 3 000! O nosso pensamento, vinte anos depois, continua a transformar-se numa prece.


G-S

11.09.2011

actualizado 10.09.2021
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Freddie Mercury ! Parabéns ! Quanto talento !





Freddie Mercury / Queen
créditos: Getty Images


"I am not going to be a star. I am going to be a legend."

Freddie Mercury

Freddie Mercury, o emblemático vocalista dos Queen faria hoje anos. O cantor e compositor Freddie Mercury, de nome Farrokh Bulsara, nasceu em 5 de Setembro de 1946, em Zanzibar, na Tanzânia. 

Estudou piano num colégio interno, na Índia. Mais tarde, tornou-se amigo de inúmeros músicos no Ealing College of Art, em Londres que frequentou nos anos 60.

A música da banda de Mercury, Queen, chegou ao topo dos Hits americanos e britânicos. Freddie morreu de pneumonia brônquica relacionada com a síndroma AIDS em 24 de Novembro de 1991. Tinha 45 anos.








Google doodle Freddy Mercury's Birthday





Freddie Mercury
créditos: Getty Images




Google doodle Freddy Mercury's 65 Birthday

E hoje o motor de busca Google homenageia Freddie Mercury, com um belíssimo Doodle musical interactivo, no dia em completaria 65 anos.

Já em Junho, Google fascinara a web com o seu inspirado tributo a Les Paul.





Google doodle Freddy Mercury's 65 Birthday

Desta vez, o tributo vai para o vocalista dos Queen que lutou durante anos contra o HIV, acabando por morrer a 24 Novembro 1991.

"Freddie was fully focused, never allowing anything or anyone to get in the way of his vision for the future. He was truly a free spirit. There are not many of these in the world. To achieve this, you have to be, like Freddie, fearless—unafraid of upsetting anyone's apple cart."






O vídeo interactivo, que aparece sobreposto ao logótipo Google desdobra-se em magens interactivas de Mercury, enquanto se  ouve um excerto do tema 'Non Stop Me Now'.

Google convidou o guitarrista e cantautor dos Queen, Brian May, a escrever a mensagem de homenagem a Mercury. A ler na íntegra aqui.




Freddie Mercury
créditos: Getty Images

"He gave people proof that a man could achieve his dreams - made them feel that through him they were overcoming their own shyness, and becoming the powerful figure of their ambitions. And he lived life to the full. He devoured life. He celebrated every minute. And, like a great comet, he left a luminous trail which will sparkle for many a generation to come."


Brian May





Em 2018, Brian Singer realiza Bohemian Rhapsody, um hino a Freddie Mercury e o seu imenso talento, complementado pela belíssima voz e um inolvidável carisma.

Falar de Freddie Mercury e não pensar na sua voz ímpar e poderosa é algo impensável. Love of my Life, o poderoso refrão de Who Wants to Live Forever, para além da voz, há um significado profundo nas letras que o cantor e compositot entoou durante 20 anos. 





Bohemian Rhapsody
Brian Singer, 2018

"The story of the legendary British rock band Queen and lead singer Freddie Mercury, leading up to their famous performance at Live Aid (1985)."

Bohemian Rhapsody  é um hino de admiração! Ao longo de todo o filme, ficamos inebriados, presos ao ecrã, de princípio a fim, com este artista inesquecível que foi Freddie Mercury. Seguimos, cantando baixinho, as suas canções ou seguindo com ternura e comoção a sua trajectória de vida.

O actor Ramy Malek encarna com uma veracidade talentosa a enorme personalidade de Freddie Mercury neste drama biográfico, largamente premiado. Galardoado nos Golden Globe Award, Screen Actors Guild Award. E finalmente o Oscar for Best Actor 2019.






A cena final no Live Aid 1985 é arrepiante! Saímos profundamente comovidos e tocados pela sensibilidade de Freddie Mercury.






"I don't have any aspirations to live to 70. I don't want to sound morbid. I've lived a full life and if I'm dead tomorrow, I don't give a damn. I've done it all I really have."

Freddie Mercury

Fragmentos Culturais

05.09.2011

actualizado 05.09.2022
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